Nossa História

 Rita de Cássia Smith, 47 anos, é mãe de dois filhos e avó de quatro netos. Também é ativista e enfrentou a tuberculose (TB) duas vezes. Desde então, decidiu ajudar os portadores da doença, principalmete os portadores do vírus HIV, na comunidade da Rocinha, Rio de Janeiro.
O trabalho de assistência social começou porque Rita chegou à conclusão de que essas pessoas precisavam de apoio e incentivo para continuar o tratamento. “Na comunidade, elas vivem do trabalho informal. Seis meses (tempo previsto para a cura de TB) sem trabalhar, por conta da doença, é muito e acabam passando fome.”
A primeira infecção em Rita foi em 1989. Na época, era usuária de droga (cocaína) e alcoólatra - perdeu a mãe em decorrência da mesma moléstia. Depois de ficar com a saúde debilitada e não ter forças para sair da cama, decidiu iniciar o tratamento.
Cuidou-se por três meses. “Depois desse tempo, geralmente, o paciente se sente melhor, e foi o que aconteceu comigo. Por isso, larguei tudo”, explicou.
Segundo ela, o principal fator que cooperou para essa decisão foi o fato de ser mãe solteira e não ter com quem deixar o filho. “Eu tinha que optar em levá-lo ao médico ou à escola. Escolhi a segunda opção.”
“Lembro também que não tinha apoio de niguém, o dinheiro que entrava em casa era do meu trabalho. No período em que fiquei doente, passamos fome”, disse emocionada.
Depois disso, a ativista contou que voltou a consumir bebidas alcoólicas e usar drogas ilícitas. Passaram-se dez anos e a doença voltou a se manifestar: a situação ficou mais grave. “Mais uma vez, fui internada. Em três meses os médicos não descobriram meu diagnóstico. Todos os dias colhiam o sangue para fazer o teste de HIV, apostavam que eu era positiva, e todos os exames davam negativo. Fui tratada de muitas doenças e menos de tuberculose.”
Rita ficou cada vez mais doente. Em seguida, o ex-diretor do Hospital Municipal Miguel Colto Dr. Paulo Pinheiro pediu que imediatamente iniciasse o tratamento contra a TB.
Os dias passaram e a ativista mostrou progresso. Na época, recebeu o apoio de uma assistente social para continuar o tratamento. “Não tinha dinheiro nem para o ônibus. Muitas vezes sentia reações da medicação por não ter o que comer e desmaiava”, afirmou.
Rita, nessa época, não sentia mais vontade de viver. “O preconceito era muito grande, as pessoas associavam TB com HIV por falta de informação e quem sofria com isso era o meu filho.”
A ativista teve muita rejeição na comunidade onde mora, mas também teve apoio de amigos. “A minha família, a assistente social e os amigos verdadeiros incentivaram muito a não desistir da vida. Não tinha mais força, porém não queria decepcioná-los. Decidi lutar.”
Toda vez que Rita chegava ao hospital sem álcool ou droga, a assistente social dizia que não tinha se enganado ao apostar na ativista.

Agente Comunitária

Em seguida, Rita Smith trabalhou como Agente Comunitária no Programa de Irradicação do Trabalho Infantil no Morro.
“Na ocasião, duas crianças não puderam participar do projeto porque tinham tuberculose. Fui consultar uma médica para saber se realmente essas crianças poderiam infectar o restante do grupo. A especialista informou que crianças não transmitem TB”, explicou Rita.
Segundo ela, foi neste momento que começou sua militância a favor dos direitos das pessoas que sofrem com a tuberculose.
“Briguei muito por essas crianças, até mesmo porque cada uma delas no grupo recebia uma bolsa para participar. Naquele momento, elas precisavam muito desse dinheiro”, acrescentou.

ONG

“ Assim como não me abandonaram, decidi que também não abandonaria outros pacientes que residem na Rocinha. Por isso, criei um Grupo de de Apoio a Pacientes e Ex Pacientes de TB no Rio de Janeiro. Um dos objetivos é ajudar e facilitar o tratamento e a adesão aos medicamentos.”
Segundo ela, assim como conseguiu vencer a doença, acredita que outras pessoas também podem. A entidade atua na comunidade com apenas ajuda dos amigos.
Outro ponto importante, é a parceria que ONG tem com as birosqueiras (bares e mercearias da comunidade). “As birosqueiras doam muitos alimentos que redistribuimos para esses pacientes. Além disso, o combinado é para que eles não vendam bebidas alcoólicas para os pacientes, principalmente os debilitados.”
Também existem alguns outros parceiros que doam legumes, vale transporte e o Fundo Global tem uma parceria com a entidade também.

 

 

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